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Pequeno resumo da imigração italiana no Brasil
Pequeno resumo da imigração italiana no Brasil


Hiatória da Família



Para compreender a imigração italiana no Brasil, é necessário analisar os aspectos do País no século XIX. A nação brasileira estava passando por um período de fermentação das idéias abolicionistas. Membros do Partido Liberal e do Conservador defendiam a libertação dos escravos, também defendida por intelectuais e jornalistas da época. A Grã-Bretanha, superpotência da época, também estava pressionando o Brasil a acabar com o tráfico negreiro. A Lei Eusébio de Queirós (1850) marcou o início do processo de abolição, proibindo o tráfico negreiro. A partir deste momento, começa a surgir falta de mão-de-obra nas zonas cafeeiras, limitadamente resolvida com a importação de escravos da Região Nordeste. É notório, porém, que a vinda desses cativos foi provisória, pois, rapidamente, seu número se tornou escasso. Ao mesmo tempo, surge no Oeste Paulista um grupo de fazendeiros de origem burguesa que defende o uso da mão-de-obra livre nas plantações de café, se opondo àqueles do Vale do Paraíba, historicamente escravagistas. Novas leis, como a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1885) anunciavam o fim próximo da escravidão.



Enquanto isso, a Itália passava pelas guerras pela Unificação Italiana. Após o fim destas, a economia italiana se encontrava debilitada, associada a problemas de alta taxa demográfica e desempregos. Os Estados Unidos (maior receptor de imigrantes) passaram a criar barreiras para a entrada de estrangeiros. Tais fatores levaram, a partir da década de 1870, ao início da maciça imigração de italianos para o Brasil.


 



Imigração italiana para o Brasil segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por década:



Nas décadas de 1884 a 1893: 510.533 italianos.

De 1894 a 1903: 537.784

De 1904 a 1913: 196.521

De 1914 a 1923: 86.320

De 1924 a 1933: 70.177

De 1945 a 1949: 15.312

De 1950 a 1954: 59.785

De 1955 a 1959: 31.263

Total: 1.507.695



Segundo a mesma fonte as regiões de origem dos imigrantes italianos entre os anos de 1.876 e 1920, foram:



Vêneto: 365.710

Campânia: 166.080

Calábria: 113.155

Lombardia: 105.973

Abruzzo Molise: 93.020

Toscana: 81.056

Emília Romagna: 59.877

Basilicata: 52.888

Sicília: 44.390

Piemonte: 40.336

Puglia: 34.833

Marche: 25.074

Lácio: 15.982

Úmbria: 11.818

Ligúria: 9.328

Sardenha: 6.113

Total: 1.243.633


Descendentes de italianos por estados brasileiros



Quando se toma por base o número de brasileiros descendentes de italianos, o Brasil possui a maior população italiana fora da Itália, em Ivorá - Rio Grande do Sul a população de origem italiana somam 90% da população local.



No ano de 2003, segundo a Aire (l’Anagrafe degli italiani residenti all’estero) havia no Brasil 162.225 cidadãos italianos.



Estado de São Paulo, 40 milhões de habitantes, 13 milhões com descendência italiana, 32,5%



Paraná, 9,4 milhões de habitantes, 3,7 milhões com descendência italiana, 39%



Rio Grande do Sul, 10,9 milhões de habitantes, 3,2 milhões com descendência italiana, 29,0%



Santa Catarina, 5,8 milhões de habitantes, 3 milhões com descendência italiana, 50,0%



Espírito Santo, 3,4 milhões de habitantes, 1,7 milhão com descendência italiana, 65%



Minas Gerais, 20 milhões de habitantes, 1,5 milhão s com descendência italiana, 7,5%



Rio de Janeiro, 14,1 milhões de habitantes, 600 milhão com descendência italiana, 4,0%



Região Norte, 14,5 milhões de habitantes, 1 milhão com descendência italiana, 6,8%



Região Centro Oeste, 13 milhões de habitantes, 400 mil com descendência italiana, 4,0%



Região Nordeste, 49 milhões de habitantes, 28 milhões com descendência italiana, 0,35%




Total no Brasil – 180 milhões de habitantes, 28 milhões com descendência italiana, 15,5%


 


 

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