La Tribuna di Treviso
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I Barbisan dal Brasile a Biadene un abbraccio dopo cent’anni
17 giugno 2011 — pagina 33 sezione: Provincia
MONTEBELLUNA. C’è chi è rimasto in Italia e chi è emigrato in Brasile. A distanza di 100 anni i pronipoti dei Barbisan dell’una e dell’altra sponda dell’Atlantico si ritrovano domani per conoscersi e festeggiare. Tutto è nato da una telefonata dal Brasile di Josè Marco Barbisan, figlio di Francesco Ernesto Barbisan e di Antonia Casagrande, la cui famiglia era emigrata in Brasile nel dicembre del 1911, a Emilio Barbisan a Montebelluna, che chiedeva se erano parenti perché nel 2011, in occasione del centenario del loro arrivo in Brasile, volevano visitare i luoghi delle loro origini. Risalendo l’albero genealogico hanno scoperto che i loro avi erano nati nella stessa casa, in via Feltrina Sud, in località Pontin a Biadene, insomma i bisnonni Giovanni e Luigi erano fratelli. Così è stata organizzata la festa. Dal Brasile, dalla città di Maringa nello stato di Paranà, sono arrivati in dieci, Emilio Barbisan e Giovanni Barbisan hanno chiamato a raccolta le loro famiglie e domani sarà festa in via Cal, in casa di Emilio Barbisan. (e.f.)
Breve resumo pessoal sobre a nossa viagem à Itália.
No meu caso, o que motivou a viagem foi em primeiro lugar conhecer nossos familiares da Itália, o lugar onde nossos ancestrais nasceram e viveram, conhecer outros Barbisan que havia contatado por e-mail, mas não sabíamos se eram parentes ou não, e que nos convidaram para visitá-los; e levar o convite para que eles comparecesssem na Festa do Centenário da nossa Família; e conhecer a Itália.
Em todos os itens devo dizer que foi uma viagem MARAVILHOSA que superou todas as minhas expectativas.
O GRUPO
Nosso time de viajantes foi ótimo, os imprevistos que surgiram foram superados com otimismo disposição, “sem choraminguelas”, parabéns a todos, especialmente à Hélide que sempre esteve disposta, e olha que andamos muito, muito mesmo, e ela jamais reclamou, ao contrário esteve sempre animada, e surpreendeu nossos parentes falando no dialeto local.
NOSSOS PARENTES DA ITÁLIA
Parecia que a gente se conhecia desde sempre, pessoas simpáticas, simples; maravilhosas. Foram nos esperar na estação de trem em Montebelluna com suas “máquinas”, nos levaram para conhecer a cidade e região. Chegando à casa do Emilio, após uma calorosa saudação e cumprimentos, fomos brindar. Em uma mesa sob um arbusto prepararam um coquetel de suco de pêssego com vinho prosecco, umas super azeitonas, tudo bem organizado, a Francesca, filha do Emilio comentou que ele exige tudo “perfeito”, em seguida foi servido um delicioso almoço regado a vinho, licor e graspa caseiros produzidos por eles mesmos, nos presentearam com a certidão de casamento do Nono e da Nona, três livros sobre a região, um sobre Biadene onde tem a foto do padre que celebrou o casamento de nossos Nonos e batizou seus filhos, no caso meu pai e meus tios e tias. Caminhando para os fundos do terreno da casa do Emilio se tem acesso a uma construção antiga em forma de U com dois pavimentos, ali viveram as famílias de Giovanni e Luigi Barbisan, respectivamente o meu bisavô e o bisavô do Emílio e nasceram entre outros meu nono Paolo Barbizan, e seus filhos. Existe ainda no local o fogão a lenha, algumas panelas, um pequeno cômodo com um local apropriado onde se colocava lingüiça, presunto, codeguim, copa, etc., protegidos dos mosquitos por uma tela fina, ao lado outro pequeno cômodo onde se guardavam os queijos, na parte superior, mais antiguidades, entre elas uma peça muito grande feita de madeira onde se fazia a massa e o pão. Em uma sala do térreo o Emílio transformou em sua adega, com vários barris de vinho tinto e outros tantos de inox com o prosecco. Ainda vimos um utensílio para esmagar uvas para a fabricação do vinho, os estábulos onde ficavam os animais, tudo anexo às residências. Tiramos algumas fotos em frente a esse “complexo”. E como é praxe em nossas festas familiares sobrou tanta comida que fomos convidados para voltar no dia seguinte para dar continuidade a nossa confraternização e conhecer lugares incríveis da região, é claro que aceitamos. Comemos, bebemos, conversamos, cantamos; foram dois dias inesquecíveis. Um destaque especial para o Emílio Barbisan foi nos esperar no Aeroporto de Veneza, tanto no dia em que o grupo chegou como depois a mim, e aguardou bem umas duas horas no aeroporto, pois cheguei ao Aeroporto de Roma as 07h35 e meu vôo para Veneza era as 08H00, não tinha como alcançar, fui então remanejado para o vôo seguinte, e me levou com sua BMW até a estação de trem de Veneza onde estavam os demais, esteve sempre em contato conosco via telefone, já que estava trabalhando, e o almoço foi no vasto jardim de seu ótimo sobrado.
DON PAOLO BARBISAN
Um padre jovem, 35 anos, animado, divertido, nos levou para conhecer a cidade de Treviso e lá o enorme seminário onde se formou, uma construção do ano de 1.250, nos apresentou a outro jovem padre que é professor e orientador espiritual dos 150 seminaristas, que nesses dias tinham iniciados suas férias, mostrou a extraordinária biblioteca com os livros doados por Pio X, onde se encontra o menor livro do mundo. Em uma ampla sala contém afrescos dos principais monges Beneditinos que residiam no local antes de ser seminário diocesano: bispos, cardeais, papas e primeira pessoa a ser retratada usando óculos na história, um bispo. Levou-nos a conhecer o centro histórico de Treviso e a uma deliciosa sorveteria; e fez questão de pagar a conta.
GRUPO BARBISAN – AGRICOLA NUOVA ANNIA.
Fabiano Barbisan, proprietário, administra a empresa auxiliado pela filha Linda Barbisan, em uma área de 505 hectares, onde produzem principalmente milho, e em menor escala soja e outros derivados para silagem, já que o principal produto da “Azienda” é a produção de carne bovina, em média vendem para o abate 3.000 cabeças de bovinos ao ano, a raça predominante 60-70% é Charolesa, os demais das raças: Limousine, Croisè, Salers, Aubrac e Incroci Irlandes, tudo informatizado. O Fabiano é o atual presidente da UNICARVE, Associação dos Produtores de Carne Bovina do Trivêneto. A esposa estava fazendo o Caminho de São Tiago de Compostela, além deles em outra mansão da fazenda reside o seu pai Dino Barbisan e esposa, que no ano que vem vão fazer 60 anos de casados, e apesar de seus 84 anos tem uma vida ativa na propriedade.
Apesar de tudo isso, são pessoas simples que nos acolheram com uma atenção “incrível”, a Linda foi nos recepcionar na estação do trem em Portogruaro com seu carro e acompanhada de uma minivan, que nos levou até a propriedade que fica a aproximadamente 6 km, lá nos serviu um delicioso café e em seguida nos levou para dar um “giro” no lago que circunda diversas ilhas, dentro da propriedade, lá preparou uma mesa com o delicioso vinho prosecco servido em taças, acompanhado de deliciosos salgadinhos de milho, que nós nunca tínhamos provado antes, um passeio maravilhoso, muitos pássaros, muito verde, até um animal semelhante a uma paca atravessou na frente do barco, de volta à sede uma enorme mesa estava posta, o Fabiano seu filho que é veterinário acompanhado do Dino e esposa, nos aguardavam juntamente com o “mestre cuca” um cozinheiro profissional que trabalha para eles há aproximadamente 50 anos, depois chegou a filha com o esposo e a netinha. De antepasto foi servido um carpaccio de carne bovina com melão – um dos pratos mais deliciosos que já comí em minha vida – além do carpaccio, o filé mignon e o filé suíno que foram servidos eram produção própria, após um almoço que durou aproximadamente três horas, fomos tirar uma foto em frente à mansão do Dino, ver um dos estábulos com os esplêndidos bovinos, despedimos do Fabiano, Dino e sua simpaticíssima esposa e fomos conhecer o lindíssimo centro histórico da cidade, tudo cronometrado pela organizadíssima Linda e acompanhada de sua secretária Pâmela. Vivi um dia de “realeza” que vai ficar na minha memória para sempre, dificilmente terei condições de retribuir tamanha gentileza em um nível tão elevado.